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Ministério da Saúde lança pesquisa nacional de saúde bucal com integração dos Conselhos de Odontologia

Ministério da Saúde lança pesquisa nacional de saúde bucal com integração dos Conselhos de Odontologia

12/02/2022

Na última sexta-feira, 11, a presidente do Conselho Regional de Odontologia de Sergipe, Anna Tereza Lima, o conselheiro tesoureiro Erickson Palma Silva e o ex-presidente e conselheiro federal Anderson Lessa Siqueira participaram, em Brasília, do lançamento da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal – SB Brasil 2020 (vigência 2021-2022), realizado pelo Ministério da Saúde durante Assembleia Conjunta do CFO com todos os Conselhos Regionais. Coordenadores estaduais de saúde bucal de todo o país e presidentes de entidades odontológicas nacionais também participaram do lançamento.

O levantamento epidemiológico será realizado de forma integrada com os Conselhos de Odontologia, para análise da saúde bucal da população, e identificação das principais doenças ou problemas odontológicos, a fim de subsidiar as políticas públicas de saúde. O estudo é, portanto, uma ferramenta da Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB), para estabelecer diretrizes de reorganização e reorientação do modelo de atenção à saúde bucal, atendendo a princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).

Neste primeiro semestre de 2022, a pesquisa entra na etapa de coleta de dados, com início pelas capitais brasileiras, em continuidade no interior. A SB Brasil se baseia na busca ativa: a equipe de campo vai às residências para fazer a avaliação bucal. No total, serão examinados 50,8 mil moradores de 422 municípios (a maior amostra entre todos os levantamentos já feitos). A pesquisa nacional é feita a cada 10 anos e, inicialmente, estava prevista para ser realizada em 2020, mas precisou ser adiada em decorrência da pandemia de Covid-19.

A coleta de dados socioeconômicos, por meio de questionário, será seguida da avaliação da saúde bucal, com exame físico, de pessoas das seguintes idades: 5 anos, 12 anos, 15 a 19 anos, 35 a 44 anos e 65 a 74 anos. Assim, são identificadas as necessidades e agravos bucais mais prevalentes. Esse trabalho será realizado por equipes de campo compostas por 2,5 mil profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) em todo o Brasil. Os agravos identificados terão estimativas por estados, capitais e regiões de municípios do interior.

Segundo o secretário da Secretária de Atenção Primária a Saúde/MS, Raphael Câmara, o aceite do Conselho Federal de Odontologia foi fundamental para desenvolvimento deste trabalho histórico. “Para o Governo Federal, a saúde bucal é prioridade máxima. O orçamento da saúde bucal aumenta ano após ano, inclusive já solicitamos aumento de orçamento para a atenção primária junto ao Ministério da Economia, sempre com o apoio do ministro da Saúde para lograr êxito. A exemplo do pré-natal odontológico, que entre 2020 a 2021, aumentamos em 16% o indicador de investimento. Vamos implementar novas medidas em 2022 e, para isso, contamos com o apoio dos Conselhos de Odontologia”, afirmou.

O coordenador-geral de Saúde Bucal/MS, Wellington Carvalho, explica que nesta edição, a novidade consiste no recorte estadual de dados: “Esse novo modelo de pesquisa nacional viabiliza que cada estado saiba as condições de saúde bucal da sua população. Aproveito a ocasião para agradecer a atuação dos Conselhos de Odontologia nessa pesquisa em etapa de planejamento e de amostra (coleta de dados da população). Agradeço, também, todos os Cirurgiões-Dentistas, Auxiliares e Técnicos da Odontologia que irão participar dessa pesquisa e contribuirão ricamente para o aprimoramento das políticas públicas em saúde bucal”.

A representante da Organização Pan-Americana de Saúde, Socorro Gross, parabeniza os esforços para priorizar os programas de saúde e inovarem em ações de prevenções e intervenções no atendimento odontológico. “Fico muito feliz em presenciar tamanha mobilização conjunta em defesa do aperfeiçoamento dos atendimentos realizados à população no âmbito da atenção primária à saúde. Nós entendemos a importância desse momento, principalmente com foco na saúde bucal de crianças e grávidas”, destacou.

A professora de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Minas Gerais, Efigênia Ferreira, esclarece que, desde 2018, um grupo de oito professores ligados à saúde bucal trabalha, incansavelmente, a convite do Ministério da Saúde e com apoio incondicional da Coordenação-Geral de Saúde Bucal. “O levantamento foi iniciado, de fato, e nós estamos muito felizes de ter essa série de dados a caminho da terceira coleta. Nesse processo, é muito interessante presenciar os profissionais de saúde bucal realmente envolvidos e entusiasmados, o que inclui diversos acadêmicos. É um grande ganho para a população brasileira. Apesar de cansativo, é um trabalho gratificante”.

O Presidente do CFO, Juliano do Vale, reforçou o compromisso assumido pela atual gestão em defesa de avanços na maior e melhor Odontologia do mundo, que é a Odontologia Brasileira. “A partir desse lançamento, com tamanha magnitude, faz com que nosso compromisso de gestão ganhe força. Juntos, precisamos direcionar nossos esforços, com apoio político e institucional, para melhorar a Odontologia e a condição de saúde bucal dos brasileiros. Consequentemente, é possível melhorar todos os demais índices de saúde da população. Nós temos a missão de transformar a cultura de valorização da Odontologia, do serviço público de saúde bucal e dos profissionais do SUS, amparados em políticas públicas. Precisamos, também, buscar mecanismos de divulgação das ações de Odontologia à população”.




|Com informações e fotos do CFO (Ascom - Michelle Calazans).