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Conselhos e sindicatos da Saúde vão fazer Nota Pública

Conselhos e sindicatos da Saúde vão fazer Nota Pública

13/01/2016

Objetivo é denunciar gestores que estão atrasando salários; Diretoria do CRO-SE esteve presente
 

 

Preocupados com o atraso nos salários dos servidores públicos na área da Saúde, representantes de Conselhos e de Sindicatos da área da Saúde se reuniram na tarde desta terça-feira, 12 no auditório do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-SE). Ficou definida a elaboração de uma Nota Pública destacando municípios que estão atrasando os salários dos trabalhadores, que será apresentada em coletiva de imprensa no próximo dia 20.

“Esse fórum foi pensado após os municípios sergipanos não pagarem aos servidores dentro do mês, a exemplo de Aracaju, Boquim, Itaporanga, Poço Verde, além de outros que não cumpriram com seu dever. Órgãos de classe e sindicatos ligados à saúde atenderam ao convite pra gente discutir e ter proposituras a respeito desse caos que está se instalando entre os trabalhadores. O mês para os trabalhadores está sendo de 40, 50 dias e gente se pergunta aonde vai parar a saúde do nosso Estado”, lamenta a presidente do Coren-SE, Claúdia Mattos.

De acordo com ela, a Fundação Hospitalar de Saúde, representada na reunião, colocou estar fazendo um esforço para pagar no quinto dia útil. “É ruim porque chegamos ao estágio de dizer que pagar o salário de quem trabalha em dia, é um esforço”, lamenta acrescentando que tem município que não paga desde novembro.

“Já soube hoje que o município de Aracaju que ia pagar amanhã, só vai pagar dia 20. Essa famosa crise que eles colocam a gente se coloca se não é o ano eleitoral que está fazendo com que se pense a se pagar quando tiver mais próximo, ou pagar os fornecedores. Os trabalhadores não aguentam mais isso”, destaca.

Nota Pública
A presidente do Coren/SE informou que a Nota Pública será elaborada de forma conjunta com todos os órgãos de classe e sindicatos para fazer uma pressão política a esses gestores e vamos chamar a imprensa para uma coletiva dia 20 de janeiro a partir das 8h aqui no auditório do Coren”, finaliza.

“A bem da verdade essa é uma luta que parece estar se eternizando, a questão de servidor e de serviço público na área da saúde tem sido uma briga. Agora se aplica uma questão de fundo que é uma crise financeira e institucional que se reflete principalmente no servidor público, que é quem está diretamente dentro dos hospitais, das unidades de saúde. Que crise é essa que só um lado está pagando, servidores e os usuários? Tem servidor sem condições de trabalho, com salários, 13º salário e férias atrasadas. Se tem uma crise, nós queremos que ela seja discutida”, completa o sindicalista Atamário Cordeiro.

Fundação
O assessor jurídico da Fundação Hospitalar de Saúde, Ives Déda informou na reunião que a Secretaria de Estado da Saúde e a Fundação Hospitalar não podem ser comparadas da mesma forma que municípios que não estão pagando em dia.

“Quando se emite uma nota pública, colocando todo mundo dentro de mesma esfera, está igualando onde existe uma desigualdade. A Fundação Hospitalar de Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde, hoje estão pagando em dia os funcionários. Essa é uma realidade que não pode ser igualada a municípios que estão com pagamentos atrasados em um, dois, três, quatro meses. O compromisso e a tentativa de manter o salário dos servidores em dia, e da melhor forma possível é um esforço que só quem está lá é quem tem condições de saber. É uma realidade e a maneira de colocar todo mundo em uma vala só e jogar para os leões é uma forma de não ver a diferença”, entende Ives Déda.


Fonte e fotos: Portal Infonet (Por Aldaci Souza)