Acessibilidade
Acessibilidade
A+
A-
CRO-SE recebe requerimentos para habilitação em Odontologia Hospitalar

CRO-SE recebe requerimentos para habilitação em Odontologia Hospitalar

29/03/2016

O Conselho Regional de Odontologia de Sergipe (CRO-SE) está recebendo, até o próximo dia 03 de maio, os requerimentos dos profissionais interessados na Habilitação em Odontologia Hospitalar. Os CROs de todo o país abriram prazo para requerimento, conforme regulamenta a Resolução 162/2015, através da qual o Conselho Federal de Odontologia (CFO) reconheceu, em novembro último, o exercício da Odontologia Hospitalar pelo cirurgião-dentista como habilitação.

De acordo com o dispositivo legal, podem inscrever-se os profissionais que tenham atuado na área por, pelo menos, cinco anos dos últimos dez. Para tanto, devem comparecer à sede do CRO-SE munidos do contrato de trabalho ou da declaração do representante legal ou membro do corpo clínico do hospital com atuação comprovada. Ainda de acordo com a resolução do CFO, aqueles que não conseguirem provar sua inserção em ambiente hospitalar por meio de documentos, deverão prestar prova escrita e ser submetidos à análise de currículo.

A Odontologia Hospitalar compreende o conjunto de cuidados das alterações bucais que exigem intervenções de equipes multidisciplinares no atendimento de alta complexidade ao paciente. A avaliação odontológica pode determinar a necessidade e o tempo apropriado de intervenções que venham a diminuir riscos futuros, e, a adequação bucal pode alterar positivamente o desfecho clínico, minimizando fatores que possam influenciar negativamente o tratamento sistêmico.

Segundo o presidente da Comissão de Odontologia Hospitalar do CRO-SE, Erickson Palma Silva, a atuação de profissionais habilitados junto a pacientes internados em hospitais ou em regime de atendimento e de internação domiciliar é tão importante que teve sua necessidade reconhecida em outubro de 2013, através da aprovação do projeto de Lei (PLC) 34/201. “Quando este PCL for sancionado pela presidente, os hospitais públicos e privados serão obrigados a manter profissionais de Odontologia para a prestação de cuidados de saúde bucal a esses pacientes”, pontua Erickson.

Ainda segundo ele, os profissionais da Odontologia que buscarem a habilitação devem primar pela capacitação, para além da atuação ambulatorial em hospitais. “A gravidade por vezes encontradas nos pacientes atendidos em Odontologia Hospitalar exige de nós, profissionais, primor de diagnóstico e de procedimento, sendo recomendado, portanto, que aqueles interessados em se habilitar na área busquem cursos específicos, a fim de se capacitar para lidar com situações de gravidade, aliando o indispensável conhecimento técnico-científico à experiência adquirida”, recomenda o conselheiro.

Precisam de cuidados odontológicos especialmente pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI), que ficam muito tempo incapacitados para realizar a própria higiene bucal. “O mais preocupante é que a falta de higiene adequada propicia o surgimento de infecções da cavidade oral e do trato respiratório, ocasionando ou agravando quadros diversos, inclusive de pneumonias severas”, explica o cirurgião-dentista.

A atuação do cirurgião-dentista na UTI leva à redução de até 30% das infecções. Por isso, alguns dos mais importantes centros de saúde têm se atentado, nos últimos anos, para a implantação desses profissionais em suas Unidades de Terapia Intensiva. A própria Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) tem abraçado essa iniciativa e organizado cursos e eventos direcionados aos profissionais da especialidade, que desejam atuar no tratamento com pacientes críticos.