CFO e CRO-SE combatem mudança na PNAB que desobriga presença de dentista na equipe
14/08/2017
Por considerar inaceitável que a equipe de Saúde Bucal – ESB seja excluída da equipe multiprofissional da Estratégia de Saúde da Família da Política Nacional de Atenção Básica, a Comissão de Políticas Públicas do Conselho Federal de Odontologia, presidida pelo conselheiro sergipano Harildo Déda Gonçalves, e o Conselho Regional de Odontologia de Sergipe se posicionam veementemente contra a revisão da Política Nacional de Atenção Básica - PNAB, proposta pela Comissão Intergestores Tripartite – CIT.
A minuta foi apresentada durante a 7ª reunião extraordinária da CIT, em Brasília, e gerou a indignação das entidades representantes da Odontologia. “Entendemos se tratar não apenas de um enorme retrocesso, mas também um ataque aos direitos sociais e ao modelo assistencial da Estratégia de Saúde da Família”, pontua o conselheiro Harildo Déda.
Para ele, ao contrário do que está sendo proposto, existe a necessidade de maior inserção da Odontologia no contexto da saúde pública no Brasil, com o estabelecimento da obrigatoriedade da equipe de saúde bucal em todas as equipes de Saúde da Família e de Atenção Básica. “É inaceitável e inexplicável que se determine como opcional a presença de um cirurgião-dentista nessas equipes. A política deve ser revisada apenas com a finalidade de melhorar e ampliar a assistência à população. E não o inverso”, alega.
De acordo com Harildo, a Comissão do CFO e o CRO-SE já enviaram mudanças e sugestões à consulta pública proposta pela CIT, buscando que nenhum direito seja retirado. “A Odontologia deve ser tratada com o devido respeito e importância por parte daqueles que devem zelar e gerir a saúde pública no Brasil”, finaliza o conselheiro.