CRO-SE vai a Brasília pedir apoio parlamentar em votação de PL sobre presença de dentistas nas UTIs
06/06/2018
Em Brasília, representando o Conselho Regional de Odontologia de Sergipe (CRO-SE), os cirurgiões-dentistas Anna Tereza Andrade e Erickson Palma Silva estiveram reunidos com os senadores Antônio Carlos Valadares e Maria do Carmo Alves, e o deputado André Moura, líder do governo no Congresso Nacional, nos seus respectivos gabinetes, para falar sobre o Projeto de lei que tramita no Senado Federal, acerca da obrigatoriedade da presença do dentista em ambiente hospitalar, em especial nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Os conselheiros foram mostrar a importância da odontologia hospitalar aos parlamentares, pedindo apoio na votação do PLC 34/2013, que aguarda ir a plenário.
Para tanto, expuseram questões do cotidiano odontológico hospitalar e a necessidade do paciente ter o acompanhamento diário de um cirurgião-dentista. De acordo com o conselheiro Erickson Palma Silva, em virtude da exigência da aplicação da RDC- ANVISA 07/2010 ser recente, cada Unidade Hospitalar cumpre a determinação de acordo com a própria interpretação, o que nem sempre atende o propósito, que é garantir uma assistência aos pacientes internados. “O que notamos, na prática, em alguns hospitais é que não há avaliação odontológica como um protocolo de atendimento ao paciente admitido”, pontuou.
Para o CRO-SE, a necessidade de um cirurgião-dentista capacitado para o serviço em ambiente hospitalar como integrante da equipe multidisciplinar é indiscutível, assim como a uniformização da aplicação da RDC 07/2010, visando à garantia de uma melhor assistência ao enfermo. “Pesquisas evidenciam que pacientes internados em UTI ou entubados, que recebem avaliação e cuidados odontológicos, apresentam índices minorados de pneumonia adquirida por ventilação mecânica (PAVM) e, consequentemente, a redução de seus efeitos deletérios e da sua permanência naquele ambiente hospitalar - o que por si só reduz consideravelmente os custos de internação”, detalhou Erickson.
A conselheira Anna Tereza Andrade explica, ainda, que toda infecção deve ser controlada ou tratada nos pacientes hospitalizados. “Alguns, podem receber atenção ambulatorial, no entanto, pacientes sem controle da patologia de base, como os que serão transplantados, os que serão submetidos à quimioterapia e pacientes com instabilidade da condição cardíaca (que serão submetidos às cirurgias/procedimentos médicos invasivos) necessitam do controle efetivo das infecções e manifestações bucais de doenças sistêmicas para a recuperação da saúde e sucesso dos procedimentos”, complementou.
O PLC 34/2013 para o qual os conselheiros do CRO-SE pediram apoio dos parlamentares sergipanos regulamenta a presença do cirurgião-dentista nas UTIs. O Conselho Federal de Odontologia (CFO) já sancionou a Odontologia Hospitalar como habilitação e elaborou normativas que lhe dizem respeito, a exemplo da Resolução 162/2015, em reconhecimento à sua importância para a sociedade.