Dia Nacional de Combate ao Fumo | CRO-SE alerta para doenças orais causadas pelo tabaco
28/08/2019
No Dia Nacional de Combate ao Fumo, 29 de agosto, o Conselho Regional de Odontologia de Sergipe (CRO-SE) se soma às ações nacionais de sensibilização e mobilização e alerta a população para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. Criada em 1986 pela Lei Federal 7.488, a data inaugura a normatização voltada para o controle do tabagismo como problema de saúde coletiva.
O tabagismo é considerado, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a principal causa de morte evitável em todo o mundo. É, portanto, um sério problema de saúde pública, considerando que, no corpo humano, o cigarro causa cerca de 50 doenças diferentes, especialmente ligadas ao coração, à circulação, aos cânceres de vários tipos e às doenças respiratórias. Entre as pessoas que morrem de câncer de boca, por exemplo, 90% são fumantes.
O presidente do CRO-SE, Anderson Lessa Siqueira, explica que o uso crônico de tabaco é considerado um fator de risco de doenças orais. “Entre os seus principais efeitos nefastos na cavidade bucal, estão a doença periodontal (processo inflamatório crônico da gengiva e/ou dos tecidos de suporte dos dentes), a halitose (mau hálito), manchas nos dentes, na língua e na mucosa – além, claro, do câncer de boca (que inclui os cânceres de lábio e de cavidade oral – mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua oral e assoalho da boca)”, revela.
De acordo com o cirurgião-dentista, a nicotina - um dos principais compostos químicos do cigarro - adere ao esmalte dentário facilmente e escurece a sua pigmentação. “Outro aumento da produção de melanina pelo corpo, o que afeta diretamente os tecidos da boca, como a gengiva e as bochechas, causando a chamada melanose de fumante, e provocando manchas escuras”, completa. Da mesma forma, a fumaça do cigarro afeta a mucosa da boca, dificulta a cicatrização e diminui a eficiência do sistema imunológico, tornando o fumante mais frágil às bactérias, vírus e fungos.
“A fumaça do cigarro provoca o ressecamento da boca e inibe a produção de saliva. Parte das substâncias consumidas permanece, então, na cavidade oral e é digerida, exalando odores que provocam a halitose. As próprias substâncias produzidas pela combustão do tabaco presente no cigarro também ajudam a aumentar os odores desagradáveis que geram o mau hálito”, explica Anderson. Ainda segundo o presidente do CRO-SE, o ato de fumar leva ao maior acúmulo de placa e as bactérias presentes são mais agressivas, podendo causar formas graves de doença periodontal, cuja severidade se relaciona com a duração e quantidade de cigarros fumados por dia e pode levar, inclusive, à perda dos dentes.
|Com informações de INCA e CFO