Após acionar o Procon Aracaju na última semana, o Conselho Regional de Odontologia de Sergipe (CRO-SE) procurou a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Estadual) nesta segunda-feira (18), para denunciar o aumento identificado nos valores das luvas de procedimento. Em levantamento realizado pelo Conselho, comparando valores praticados entre maio de 2020 e janeiro de 2021 em dentais, farmácias e lojas de produtos médico-hospitalares, foi percebida uma alta aproximada de 156% nos preços.

Segundo informou o presidente do CRO-SE, Anderson Lessa Siqueira, à diretora do Procon Estadual, Tereza Raquel Martins, as luvas são um Equipamento de Proteção Individual (EPI) essencial para o atendimento à população, largamente utilizado pelos profissionais da odontologia para cumprimento dos protocolos de biossegurança; e o aumento verificado nunca antes foi visto. “A luva cirúrgica, vendida pelas dentais, teve o preço da caixa com 100 unidades aumentado de R$ 45,25 (média) em maio para R$ 116,20 (média) neste mês. Um aumento médio de 156.05%. Consideramos uma elevação de preço inadmissível, sobretudo num momento de pandemia, em que sua utilização é tão necessária para que os profissionais da Odontologia realizar os atendimentos com segurança para si e para o paciente”, pontuou.

Durante a reunião, o CRO-SE também apresentou um levantamento de preços realizado em farmácias dos municípios sergipanos com maior população, além de Aracaju: Nossa Senhora do Socorro, Lagarto, Itabaiana, São Cristóvão, Estância, Tobias Barreto, Simão Dias e Nossa Senhora da Glória.

O órgão estadual deverá fiscalizar os estabelecimentos localizados em outros municípios e atuar conjuntamente com o Procon Aracaju nos casos da capital, com vistas a adequar as vendas desses materiais no Estado, caso sejam constatados preços abusivos, segundo informou a diretora do Procon Estadual, Raquel Martins, durante a reunião. “Já recebemos algumas informações trazidas pelo Procon Aracaju e iremos fiscalizar, inicialmente, os locais listados, solicitando a documentação comprobatória e notas dos comerciantes. Se constatada a irregularidade, procederemos com as sanções específicas”, disse a diretora.