I Gincana de OPNE reúne acadêmicos em tarefas sobre o manejo odontológico da pessoa com deficiência
20/11/2022
No último sábado, dia 12 de novembro, o Conselho Regional de Odontologia de Sergipe (CRO-SE) realizou a I Gincana de Integração de Talentos e Conhecimentos em OPNE, reunindo estudantes universitários em torno de uma saudável competição de equipes. Ao cumprir tarefas, os jovens acadêmicos puderam aprender, na prática, sobre inclusão, capacitismo e manejo odontológico da pessoa com deficiência.
Entre as atividades que precisaram cumprir para adquirir pontuação na gincana, teve quizz, elaboração de cartilha, mesa expositora, arrecadação de lacres, doação de sangue e um emocionante show de talentos inclusivo, com apresentações de Gustavo Bispo Santos e Arthur Rogel. O encontro também contou com o depoimento da advogada Aline Marília de Andrade, mãe atípica, aos futuros profissionais da Odontologia; e a Associação Sergipana do Cidadão com Síndrome de Down (Cidown) enviou a fotógrafa Natália Magalhães para registrar o evento. “Estou amando, adorando. “Estou pela primeira vez fazendo esse trabalho de fotografia, vendo os ângulos para tirar foto. Estou gostando daqui mesmo”, disse ela.
De acordo com a presidente da Comissão de OPNE, Dra. Gabriela Gutierrez, as tarefas buscaram agregar conhecimentos teóricos e incentivar a solidariedade, a responsabilidade social entre os acadêmicos. “Este foi o primeiro evento promovido pelo CRO-SE com o intuito de levar os alunos de graduação em Odontologia a se expor à temática da inclusão, do capacitismo, do atendimento às pessoas com deficiência, para que, futuramente, sejam também profissionais inclusivos”, afirmou.
O conselheiro Tito Marcel, presidente da Comissão CRO Jovem e membro da Comissão de OPNE, destacou a importância da abordagem da temática junto aos estudantes. “É uma área que está crescendo muito na Odontologia, e não é uma disciplina incluída rotineiramente, de forma oficial, nas grades acadêmicas. Então, com esse olhar, promovemos essa gincana integrativa, visando contribuir para cada vez mais a gente promover a acessibilidade para esses pacientes, e inclui-los nos olhares dos profissionais, em suas diversas especialidades”, disse.
Lorena Sommer, aluna da UFS e integrante da Equipe Vermelha, avaliou como extremamente enriquecedora a participação na gincana, tanto para os conhecimentos em relação à Odontologia, quanto para a interação com estudantes de outras universidades. “A gente aprende muito; aprende a lidar com o público com deficiência e a gente consegue entender diversas esferas, diversos manejos e diversas formas de integrar essa pessoa com deficiência ao nosso cotidiano de atendimento. O conhecimento que a gente agrega aqui é infinito, e foi super gratificante poder participar, passar por todas as etapas até a entrega de todas as atividades. Houve uma integração muito grande dos membros da equipe, porque a gente se une, a gente convers, estuda, pesquisa, elabora as atividades. Foi bem favorável, de grande valia”, avaliou.
Também para Rosa Marta Leal, estudante de odontologia da Uninassau e integrante da Equipe Branca, a participação na competição foi agregadora. “É um nível de conhecimento muito importante que a gente adquire, principalmente para quem está iniciando, como eu, na carreira da Odontologia. Eu ainda não tinha visto essa questão dos pacientes deficientes e aqui, por pesquisar mais, estudar, eu achei um conhecimento essencial, de extrema importância”, concluiu.
Ao final, sagrou-se campeã a equipe vermelha, composta por estudantes de Odontologia da UFS, atuantes no Projeto de Extensão voltado à saúde bucal para Pessoas com Deficiência. A equipe branca, segunda colocada, foi formada por alunos da Uninassau, que também cumpriram as tarefas com esmero e bastante pesquisa.